quarta-feira, 24 de setembro de 2008

PINÓQUIO

"Pinóquio" foi o segundo filme de longa duração da Disney e, por mais que os anos passem, também este filme, tal como outros da Disney e as séries de que aqui temos falado, não sai da memória de quem o viu. Na época em que víamos as nossas séries de anime na RTP, estavam a ser postos à venda e para aluguer os vários clássicos da Disney, com dobragens brasileiras que, deve dizer-se, eram muito boas. "Pinóquio" não foi excepção. Também ele apareceu em VHS nessa altura e assim tivemos acesso à sua magia.

O filme é uma adaptação muito bem conseguida pela parte de Walt Disney do famoso romance de Carlo Collodi "As Aventuras de Pinóquio".

Disney, com o seu talento para passar contos de fadas ou romances clássicos de literatura infantil para o ecrã, fez com que a sua imagem do Pinóquio se tornasse naquela que nos aparece na cabeça sempre que nos falam da personagem.

Todos devem conhecer a história, por isso creio que não faz sentido fazer aqui uma apresentação da mesma. Limitar-me-ei a fazer alguns comentários sobre o filme.
Esta longa-metragem tem mensagens, assim como cenas e imagens, claramente dirigidas às crianças. No entanto, é curioso que "Pinóquio" cativa também os adultos. As mensagens de que falava atrás são, por exemplo, que mentir não está certo, ensinamento que encontramos nas cenas em que Pinóquio mente a respeito do que fez e, em consequência disso, o seu nariz cresce. A personagem do Grilo Falante é também muito interessante, pois representa a consciência de Pinóquio. É curioso que, logo no início do filme, Pinóquio pergunta ao grilo o que é a consciência e este diz-lhe que é uma vozinha dentro de cada um que diz o que está certo e o que está errado; porém, aqui a consciência é mais visível e mais marcante, já que o grilo lhe dá corpo, e o facto de ser mais visível e marcante faz as crianças entenderem melhor a sua importância. A parte do filme em que Pinóquio e outros meninos se entregam ao prazer fácil e desregrado, na Ilha dos Prazeres, começando a transformar-se em burros graças a isso, contém também uma mensagem forte. Pode talvez ser dito que Disney está a fazer os espectadores compreenderem que fazerem só o que lhes apetece, sem pensarem se está certo ou errado e/ou deixando de fazer outras coisas importantes, mas que podem não lhes dar tanto prazer ou pelo menos um prazer tão imediato, torna-os pessoas piores. Atrevo-me a dizer que, no mundo de hoje, mensagens como estas fazem falta às nossas crianças, pelo que penso que este filme devia ser visto pelas mesmas (creio que já disse neste blog o mesmo em relação a outros filmes e séries e, se não disse, devia tê-lo feito).
Em seguida, deixo-vos três cenas do filme com a dobragem brasileira com que o vimos (são tudo cenas em que há uma canção, não foi possível pôr cenas não cantadas, mas creio que isso não será um problema, pois estas são cenas que decerto vos ficaram na memória e que vão, por isso, gostar de ver de novo):





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